sábado, 17 de novembro de 2012

A Presença Viva de Cristo Ressuscitado

    No Antigo Testamento, Deus se revela como aquele que criou o mundo por amor. Em Jesus Cristo, seu único filho, Deus mostra-nos toda a profundidade do seu misericordioso amor e, por meio de Cristo, torna-se visível o Deus invisível.

    O pecado foi a única condição que não estava em Cristo, mas ele se rebaixou como pessoa humana, carregando os pesos dos nossos pecados. O apóstolo Paulo relata que pela desobediência de um só homem todos se tornaram pecadores, assim, pela obediência de um só, todos se tornarão justos(Rm 5,19). Portanto, através de Jesus Cristo, Deus inaugura o caminho para a salvação que se estende para todas as gerações.

    O Concílio de Trento (1545 - 1563) nos ensina que a Santíssima Paixão de Cristo no madeiro da cruz, mereceu-nos a Justificação e o princípio de salvação eterna. Na cruz, Jesus realiza o início da Igreja, que é Una, Santa, Católica e Apostólica. Esta Igreja, na qual somos o corpo de Cristo, somos convidados a olhar para cruz e contemplar a vitória de Cristo Ressuscitado presente no meio de nós.

    A cruz é o único sacrifício de Cristo. Deus nos chama a “tomar a nossa cruz” seguindo o próprio Cristo, pois, ele sofreu por nós e Deixou-nos um exemplo, a fim de que sigamos seus passos. Não devemos pedir a Deus que tire a nossa cruz, mas é necessário implorar a ternura de Deus, para que assim, a exemplo de Cristo, consigamos suportar pacientemente a nossa cruz e um dia podermos contemplar Deus face a face no Reino definitivo.

    Somos chamados a contemplar a ressurreição a partir da Pessoa Divina de Cristo, que unifica sua alma e seu corpo, separados pela morte. São Gregório de Nissa, um dos primeiro padres da Igreja, diz que: “Pela unidade da natureza Divina, que permanece presente em cada um das duas partes do homem, estas se unem novamente. Assim a morte se produz pela separação do composto humano, e a ressurreição pela união das duas partes separadas”.

    A ressurreição constitui antes de tudo a confirmação do que o próprio Cristo fez e ensinou. São Paulo em sua primeira carta à comunidade de Corinto menciona que, se Cristo não ressuscitou vazia é a nossa pregação, vazia é também a nossa fé. Nesse sentido o catecismo da Igreja Católica afirma que: “Todas as verdades, mesmo as mais inacessíveis ao espírito humano, encontram sua Justificação se, ao Ressuscitar, Cristo deu à prova definitiva, que havia prometido, de sua autoridade Divina.”

    Com a ressurreição de Cristo, acontece o cumprimento das promessas do Antigo Testamento e do próprio Jesus durante sua vida terrestre. Finalmente, a ressurreição de Cristo é princípio e fonte de nossa ressurreição futura: “Cristo Ressuscitou dos mortos, primícias dos que adormeceram...” Assim como todos morreram em Adão, em Cristo todos receberão a vida (1Cor 15,20-22). Assim, depositemos a nossa fé em Cristo, para que, a alegria do ressuscitado seja a nossa força.

Charles Arvelos Rocha
Seminarista do 1º ano de Filosofia
Seminário Maior “Dom José André Coimbra”

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